Wednesday, January 25, 2006

Aborto secreto para raparigas menores de 16 anos

O sexo é normal e bom, mas quem anda à chuva molha-se ( a não ser que se use guarda-chuva), logo, quem o pratica deve estar consciente e ser responsável pelos actos que pratica, e pelas consequências desses actos.
Num país onde o voto, entrada em pubs e a venda de bebidas alcoólicas é só permitido a maiores de 18 anos, é no mínimo estranha a recente decisão governamental.
Olhando melhor para a medida, esta deixa-me muitas dúvidas. Será que uma menor de 16 anos tem a maturidade suficiente para tomar uma decisão tão importante como o é abortar? Se a lei protege o direito de confidencialidade paciente/médico independentemente da idade, e não concede aos pais o direito de tomarem conhecimento que a sua filha menor de 16 anos está grávida, ou seja, os pais neste processo não são tidos nem achados, o que sucede se a menor de 16 anos decide levar a gravidez até ao fim? Quem sustentará economicamente o novo rebento? A filha menor de 16 anos? Mas isso não é trabalho infantil? Considerar trabalho infantil a quem já tem a maturidade suficiente para saber, sozinha, se quer ou não abortar? Se os pais não são ouvidos à priori porque haveriam de ser responsabilizados à posteriori? Deveria ser o Estado o responsável pela sustentabilidade de mãe e filho, já que não concede o direito ao conhecimento e opinião dos pais? Muitas perguntas, mas muito poucas respostas.
Acho que sou uma pessoa progressista, liberal e humanista, e muitas vezes insurjo-me contra velhas e ultrapassadas tradições, mas no entanto, penso haver limites para tudo. Se assim não fosse viveríamos em anarquia e não em sociedade. Penso que esta medida ultrapassa alguns limites, não o facto da confidencialidade doente/médico estar protegida, mas sim o não direito dos pais ao conhecimento, ainda para mais tratando-se de menores de 16 anos grávidas.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

esqueceste grande jogador de futebol!

12:47 PM

 

Post a Comment

<< Home