Anda aí um sururu sobre a agressividade dos jogadores portugueses. Parece que a imprensa inglesa e brasileira andam preocupadas com a nossa selecção. Só bons sinais. Preocupação, neste caso, significa respeito. Mas quero deixar os adeptos, imprensa e equipas da Inglaterra e Brasil descansados. Eles podem ter a certeza que nos próximos jogos vamos ser passivos como o holandês Khalid Boulahrouz, verdadeiros gentlemens como são os cidadãos ingleses nas cidades onde decorrem eventos desportivos, e claro, tão pacíficos como algumas cidades brasileiras.
No mês em que o futebol é rei, ou seja, um mês normal em Portugal, há um português que vai ter uma tarefa hercúlea. Segundo o DN, José Azevedo foi o escolhido para substituír o hexacampeão, Lance Amstrong, como chefe de fila da equipa Discovery no Tour 2006. Mais um Zé a ser consagrado no estrageiro.... E começa a desenhar-se o meu futuro .)
Os condutores dos autocarros em Lisboa têm um grande sentido sádico. Acho até que faz parte das características a ter em conta quando são contractados...as arrancadas e travagens constantes devem ser um delírio para eles. Na sede da Carris deve haver um quadro electrónico com as pontuações dos vários motoristas: cada arranque brusco vale um ponto; travagens bruscas são 5 pontos; alguém caír no autocarro 10 pontos e passar por uma paragem em dia de chuva e não parar 2o pontos....
A música do Waters e dos Pink Floyd é uma aglutinadora de gerações...avós, netos, pais e filhos juntos para assisir ao grande espectáculo que Roger Waters ofereceu no dia 2 de Junho no rock in rio. Eu, o Artur e cerca de 70 mil pessoas, cantámos músicas como another brick in the wall part II (nesta foi irónico ver o Artur cantar "hey teacher,leave them kids alone"), Mother, Wish you were here...vibrámos com have a cigar, shine on your crazy diamond, Southamptons dock, set the controls for the heart of the sun e sheeps ....Waters ainda passou por algumas músicas da sua carreira a solo como a Perfect sense ("the germans kill the jews, and the jews kill the arabs, and the arabs kill the hostages, and that is the news (...)can't you see, it all makes perfect sense expressed in dollars and cents, pounds, chillins and pence"),a novíssima Leaving Beirute, uma música com grande mensagem política, onde num grande écran montado no palco passava um cartoon com a história e letra da música... A seguir a um intervalo de 15 minutos Waters regressou passando por todas as músicas do dark side of the moon...arrepiei-me ao ouvir a performance vocal em the great gig in the sky e fiquei lixado quando o guitarrista e vocalista, Dave Kilminster, esqueceu-se de parte da letra da money (" money is a crime, share it fairly, but don't take a slice of pie")....para o encore trouxe-nos um espectáculo de pirotécnia acompanhando in the flesh ("So ya,Thought ya, Might like to go to the show, To feel the warm thrill of confusion, That space cadet glow"), Vera, bring the boys back home e a grande, grande confortably numb e o seu belíssimo solo de guitarra. Foi um grandioso concerto de música, imagem, fogo e luz em que Waters teve uma boa interactividade com o público, coisa que não se viu muito na tour de 2002... Waters, até à próxima...
