Wednesday, September 28, 2005

EVA

No outro dia fui comprar a vinheta do mês de Outubro para o passe de autocarro. Disseram-me que o cartão que comprei em Abril deste ano e válido até Junho de 2008 iria ser trocado por um electrónico e que teria de pagar 2€.
Porque é que depois de já ter pago o cartão em Abril vou ter de pagar outro em Novembro?
Também há cerca de um ano a EVA, companhia de autocarros do Algarve,trocou os módulos em papel por cartões electrónicos pelos quais temos de pagar 3€. Só não entendo porque somos obrigados a carregar o cartão com um mínimo de dez bilhetes quando este é electrónico.
Já presenciei várias vezes o motorista do autocarro das 21:30 vindo das Gambelas em direcção a Faro perguntar se alguem ia para a Penha e como não obtinha resposta seguia em frente. Alguém que estivesse na Penha à espera do autocarro que fosse a pé.
A falta de concorrência no que concerne aos autocarros em Faro faz com que o serviço da Eva deixe muito a desejar, para além do facto de os bilhetes comprados no autocarro custarem 1,20€ ( acho que já subiram, mas não tenho a certeza).
Pelo preço que pagamos pelo serviço merecíamos muito mais!

Friday, September 16, 2005

Linhas de Apoio

A Direcção Geral de Finanças e Impostos pôs ao dispor do contribuinte o número 707206707. No aviso onde anunciavam este número é possível ver que o podemos utilizar para saber da nossa situação fiscal (pagamentos, reembolsos, etc...). Como já estamos em Setembro e ainda não recebi o reembolso telefonei para lá na esperança que me fosse dada alguma espécie de informação.
Liguei para o dito número, que não sei se é verde ou azul, e atendeu-me a máquina: Para IRS prima 1, para IRC prima 2. Como o meu assunto era IRS carreguei na tecla 1. A máquina pediu para que digitasse o meu número de contribuinte e assim o fiz. Começou a música, alguns avisos repetidos sobre a possibildade de podermos aceder e alterar as nossas informações através do site das Finanças....mais música (exertos repetidos de 20 segundos de uma sinfonia qualquer). Esperei dez minutos e nada. Desisti!
São inúmeras as linhas de apoio postas à disponibilidade dos contribuintes, consumidores, mas também são muitos os que, ou não atendem, ou esperamos até desesperarmos!
O objectivo destas linhas é evitar a ida aos departamentos, mas desta forma somos sempre obrigados a esperar horas e horas numa fila, por vezes, para ouvir a célebre frase falta um papel, o que nos remete novamente a horas e horas intermináveis num qualquer departamento burocrático deste país.
Espero que da próxima vez seja atendido por uma voz humana que dê a informação que quero, senão começo a acreditar que dá trabalho e é caro ser honesto em Portugal!

Wednesday, September 14, 2005

Há coisas que falam por si

No outro dia li a seguinte notícia que gostaria de partilhar :

"Em 1999, o massacre de Columbine provocou uma onda de consternação, principalmente nos EUA. Evitar que tal tragédia se repetisse passava, inevitavelmente, por encontrar uma explicação. Neste contexto, o congressista texano Tom Delay explicou o massacre relacionando-o com o declínio moral provocado pelo ensino da Evolução, já que ensinamos às nossas crianças que elas não são senão macacos que evoluíram de uma espécie de sopa de lama primordial.
No mesmo ano, o Texas retirou o ensino da Evolução dos currículos escolares - uma decisão que não deve contribuír para melhorar o panorama revelado por uma sondagem de 1993, onde se constatava que 47 por cento dos norte-americanos adultos pensavam que a espécie Homo sapiens nascera há dez mil anos, criada por Deus.
Na verdade, ao longo do século XX, a Evolução tem sido banida de diferentes escolas americanas e foi presença assídua na barra de diferentes tribunais."

Friday, September 02, 2005

Catástrofes e dúvidas

A região sul da toda poderosa nação americana vive dias de angústia depois da passagem do furacão Katrina esta segunda-feira. A UNICEF estima que entre 300 mil e 400 mil crianças tenham ficado sem abrigo depois da catástrofe.
George W. Bush demorou três dias a falar à nação sobre o que a sua administração estava a fazer para minimizar os danos. Foi decretada lei marcial para evitar a continuação das pilhagens, mas a chegada de bens básicos à sobrevivência das populações, como água, alimentos e medicamentos, tarda em chegar, já para não falar que existem ainda milhares de pessoas à espera de serem evacuadas.
Hoje ao ver as imagens da região sinistrada com milheres de pessoas sentadas e a gritar por socorro, pensei tratar-se de um qualquer país do 3º mundo, mas não, eram os EUA.
Num país que se diz modelo para o mundo, a falta de antevisão e ausência de resposta da protecção civil à catástrofe natural e humana torna-se caricata e surpreendente. No entanto, este facto trouxe-me uma dúvida. Se os EUA têm, como os últimos dias vêm demonstrando, dificuldades em dar resposta a situações de catástrofe no seu próprio país, como se espera que consigam resolver os ataques terroristas que todos os dias matam civis e militares num país que lhes é hostil?