Friday, September 02, 2005

Catástrofes e dúvidas

A região sul da toda poderosa nação americana vive dias de angústia depois da passagem do furacão Katrina esta segunda-feira. A UNICEF estima que entre 300 mil e 400 mil crianças tenham ficado sem abrigo depois da catástrofe.
George W. Bush demorou três dias a falar à nação sobre o que a sua administração estava a fazer para minimizar os danos. Foi decretada lei marcial para evitar a continuação das pilhagens, mas a chegada de bens básicos à sobrevivência das populações, como água, alimentos e medicamentos, tarda em chegar, já para não falar que existem ainda milhares de pessoas à espera de serem evacuadas.
Hoje ao ver as imagens da região sinistrada com milheres de pessoas sentadas e a gritar por socorro, pensei tratar-se de um qualquer país do 3º mundo, mas não, eram os EUA.
Num país que se diz modelo para o mundo, a falta de antevisão e ausência de resposta da protecção civil à catástrofe natural e humana torna-se caricata e surpreendente. No entanto, este facto trouxe-me uma dúvida. Se os EUA têm, como os últimos dias vêm demonstrando, dificuldades em dar resposta a situações de catástrofe no seu próprio país, como se espera que consigam resolver os ataques terroristas que todos os dias matam civis e militares num país que lhes é hostil?

15 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Este último post demonstra nas entre-linhas que és de uma forma ou outra, anti-EUA. Ou algo semelhante.

Caso não tenhas reparado, a Katrina não foi de todo mais um tornado e se reparares na morfologia do terreno afectado, especialmente New Orleans, perceberás porque aquilo está como está.

Tu irias ajudar pessoas com água potável, comida e roupas com o risco de levares com um tiro ou dois de gangues oportunistas? Viste a notícia do sniper!? Pois... As coisas não estão fáceis por lá.

Há demasiados factores em causa neste momento para tirar conclusões como as tuas.

Sigo diariamente os acontecimentos mesmo antes da Katrina ter sequer passado pela Florida, onde matou 6 pessoas ainda num estado de tempestade de nível 1.

Em suma, EUA está a lidar com uma tempestade e um rescaldo de tempestade que não vê há muitos anos, se é que alguma vez aconteceu nessa região algo tão grave.

Ah... com todos os esforços virados para o desastre nacional, ainda têm as atenções viradas para o resto do que se passa no mundo. O mundo não pára...

3:55 PM

 
Anonymous Anonymous said...

Só não percebo porque é que não aceitaram a ajuda internacional, como por exemplo de paises abituados a este genero de catastrofes como a Venezuela?
O Katrina foi um furacão que teve a infelicidade de escolher uma zona especialmente vulnerável a sua acção.
Que é um facto de que a situação foi mal gerida pelas autoridades é inegável( se até a comunicação social pro-Bush o admite.), mas quando é em nossa casa, tudo muda.
Não deixa de ser curioso que apesar da situção de crise iminente as forças militares levarem tanto tempo a reagir!Será que é um sintoma da falta de eficiencia da poderosa superpotencia?

5:43 PM

 
Anonymous Anonymous said...

NO KYOTO=NO GOOD WEATHER

5:44 PM

 
Anonymous Anonymous said...

Maris, não se trata de eficiência. É um caso de má averiguação das dimensões do desastre. Tudo indicava que a tempestade tivesse poupado New Orleans de muito mal... mas ninguem esperava que depois da tempestade as diques reguladores não aguentassem e deixassem tudo inundado.
Segui a emissão ao vivo da CNN durante as várias horas da tempestade e os meteorologistas indicavam que não tinha sido muito mau para New Orleans, mas que Gulfport e Biloxi foram atingidos em peso.

Mas pronto, as diques não aguentaram com a bronca e New Orleans levou com tudo DEPOIS da tempestade. Ninguém esperava tal coisa. Daí a falta de prevenção.

E como o general disse: Convidem 20 mil pessoas para jantar, e verão que não é tarefa simples.

Seja como for, acredito que dentro de 1 ano está tudo novo em folha com sistemas melhores para prevenir tudo. Quem sabe se não elevem a cidade toda para evitar mais desastres futuros.

Quanto a Kyoto... no comments.

6:04 PM

 
Anonymous Anonymous said...

Concordo com o que foi dito no Post anterior. Se já há tantas xenofobias e ódios para quê criar mais um? o anti-americano?
Querem o melhor para eles? sem dúvida. É de criticar? claro que sim. Mas quem não deseja o melhor para si?
Os Estados Unidos são a maior potência Mundial e creio que todos criticamos a sua política externa.
Mas na verdade a Katrina vem demonstrar que os Americanos são apenas habitantes deste Planeta e não os donos dele.

As imagens que passam nos meios de comunicação social mostram-nos seres humanos em sofrimento e o sofrimento não tem nacionalidade.

7:21 PM

 
Anonymous Anonymous said...

já leram o Jornal o Jogo? ha desculpem, enganei-me no blogue

7:22 PM

 
Anonymous Anonymous said...

um ano não será suficiente para fazer esquecer, para recuperartodas as habitaçoes, revitalizar a economia local, e quanto ao patrimonio historico,...bem esse pode ser que existam regstos audiovisuais.

6:37 PM

 
Anonymous Anonymous said...

Pode não ser o suficiente para repôr tudo, mas certamente estará tudo de pé e a vida a circular novamente. Aposto que o Mardi gras seguinte será o mais visitado de sempre... Nem que seja conhecer o Novo New Orleans.

Mas o espirito de resolução dos americanos fará com que tudo seja resolvido o mais rapidamente possível. Se não for daqui a um ano, será pouco mais...

8:26 PM

 
Anonymous Anonymous said...

a igorância e o desconhecimento levam-nos muitas a vezes a falar mal e erradamente sobre factos que nem temos a noção que desconheçemos...

... mesmo assim, e confessando sentir-me muito ignorante em relação à "SUPER-POTÊNCIA", não posso deixar de acreditar que houve graves erros em todo o "modus-operandi" acerca do Katrina em Nova Orleães.
Mas atenção às críticas mais duras...

o facto dos E.U.A, serem de facto o nº1's em muitas coisas, (boas e más), não dá o direito a ninguém,(leia-se - estrangeiros, sem conhecimento de causa), de lhes apontar o dedo ao que quer que seja relativamente a uma catástrofe natural! Podemos e devemos (na minha opinião) apontar-lhes o dedo e até pedir justificações, quando são eles os primeiros a não cumprir com o "Acordo de Kioto"; mas sejamos honestos, uma catástrofe natural é algo que a história nos tem ensinado, que por muito bem preparados que estajamos, as coisas podem sempre correr bem pior do que o esperado...
a mim não me incomoda nenhum dos comentários que tenho lido ou ouvido, mas de facto aborrece-me que muna situação tão pontual e peculiar como esta foi nos E.U.A, ninguém começe por perguntar o que pode fazer para ajudar JÁ! As causas e as consequências do que correu e continua a correr mal, é algo que só diz respeito ao povo americano.

Sim, sim, eu sei que nós também vamos pagar por isso, que 90% das plataformas petrolíferas do Golfo do México estão destruídas... que os combustíveis vão continuar a aumentar, que os países do médio oriente vão ter uma grande responsabilidade sobre a economia ocidental nos próximos meses... sim, eu sei...

...mas não me esqueci, que mais uma vez foi o povo americano que pagou com a vida... pois, o povo que somos todos nós, em cada país, e que estamos confortavelmente sentados a uma secretária, a tecer críticas e a opinar, enquanto aquela gente continua na estúpida e cega procura dos seus familiares...

Não sejamos ingratos! Se é bem verdade que os E.U.A. fazem tudo, (ou quase tudo), em vista a tirar algum proveito de determinada situação,( e já era tempo de aprendermos com eles), não é de todo menos verdade, que eles estão sempre lá para quem precisa!

E se fosse possível, (que não é), fazer um balanço das relações entre os E.U.A. e o resto do mundo civilizado, penso que estaríamos de acordo que lhes devemos muito... Viva à internet; à liberdade de expressão; à tecnologia e ao conforto...

um abraço a todos, FIL.

8:05 PM

 
Blogger ilha_man said...

O problema que se põe é o facto dos EUA pensarem que são uma "ilha" no mundo, "ilha" essa que manda e desmanda a seu belo prazer: "the only way is our way"! Os americanos, e principalmente a sua actual administração, têm de se convencer que "no man is an island" e que no mundo global em que vivemos hoje em dia, o que acontece no recanto mais recôndido da Terra afecta o local mais visível! Precisamos de todos e todos precisam de nós, mesmo a super potência! Se os EUA não se achassem o modelo perfeito mundial, ninguém lhes apontava os defeitos todos ao mínimo deslize. São os próprios americanos e a sua arrogância que levam a isso!
Sei que os EUA e o seu grande pragmatismo ultrapassarão exemplarmente esta grande contrariadade!
Agora a atenção deverá estar 100% voltada para as pessoas que necessitam de ajuda! Espero que os EUA aprendam que guerras e catástrofes naturais não acontecem só na televisão, que por vezes as situações batem-nos à porta e que são tão falíveis como os outros!

4:10 PM

 
Anonymous Anonymous said...

Ilha man, teu ultimo post está recheado de conceitos e sem uma pitada de pensamento empírico.
No post anterior ao teu, há uma grande verdade que é esta: na eventualidade de ver quem deve o quê a quem "resto do mundo vs EUA", nao sei quem teria que ficar grato... e a minha vontade pesa para o lado dos states.

Somos um povo do contra e quando vemos alguem em melhor condiçoes que nós, aproveitamos para pegar em todos os pontos fracos para elevar o nosso proprio ego. É natural... mas infeliz.

No caso dos EUA, fazem bem e mal... mas fazem. É o dito espírito CAN-DO.

Isto dava para discutir a tarde toda, mas tenho trabalho para fazer. Abraço.

6:04 PM

 
Blogger ilha_man said...

Acho que os EUA são uma grande nação, não tenho dúvidas! Foi graças ao seu espítiro CAN-DO que hoje são os 1ºs do mundo! E claro, só erra quem faz!O que leva-me a criticá-los não é isso, mas sim a sua forma de tentarem controlar e transformar o mundo!Embora sejam os 1ºs não têm o direito de fazerem o que querem! O resto do mundo deve seguir o exemplo dos EUA em muitos aspectos porque sem dúvida é o melhor, mas não devem ser forçados a isso! Quer o Iraque, quer o Katrina vieram mostrar que os EUA tem graves problemas de antevisão e resolução de catástrofes/crises!
Quanto a agradecimentos, há muito para dizer!

3:42 PM

 
Anonymous Anonymous said...

não é o espírito CAN DO que levanta tanta hostilidade por parte dos outros, e sim a atitude de OUR WAY OR THE HIGHWAY. Eles tem a melhor forma mas tem tambem é a unica maneira e os outros estão errados.
Fanatismo assume muitas formas...

4:55 PM

 
Anonymous Anonymous said...

CAN DO!
EUA CAN DO.
AL-QUAEYDA CAN DO.
FIDEL CAN DO.
STALIN CAN DO.

não deveria ser: SHOULD IT BE DONE?

4:59 PM

 
Anonymous Anonymous said...

GOD wished it so!

12:13 AM

 

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